quinta-feira, 5 de julho de 2007

bebida faz mal ... quando falta.

Certo dia, nós, os três filósofos e a sacerdotisa espanhola, fomos convidados para prestigiar uma festa que reuniria os maiores cozinheiros de todo o reino. Muitas pessoas importantes estavam presentes, como escribas da corte, generais, antigos senhores feudais, ninfas ricas, puxa-sacos, almofadinhas, filhinhos de senhores feudais (filhinhos de papai), etc. Todos estavam pomposos, com seus melhores trajes de gala se impondo da maneira mais CABULOSA possível. Do lado de fora, encontrávamos as melhores carruagens e os melhores cavalos europeus.

Podíamos sentir uma aura de impecabilidade. Tudo estava virtualmente perfeito. A música celta ambiente, os servos encarregados das bebidas. Tudo. Nós passeamos pelas tendas de todos os cozinheiros famosos. Degustamos especiarias de várias cozinhas internacionais como a japonesa, a espanhola, italiana, etc.

Mas a melhor atração da noite foi uma bebida maltada escocesa de rótulo vermelho. Servida no gelo, esta nos fez filosofar como nunca. Passamos a noite à base desta maravilhosa bebida que, apesar de não ser a mesma coisa que o líquido sagrado, também DESCIA REDONDO D+, véi. O nome da bebida veio de um antigo e rico barão da Paraíba chamado Jãozim Andarilho que, por ter liderado uma revolta contra o rei Marek I, foi exilado na Escócia. Lá mudou de nome, virando assim, Johnnie Walker. E por lá, ficou conhecido por ter industrializado esta bebida que herdou seu nome (no futuro, a história de Jãozim Andarilho será, aqui, trovada).

Tudo corria bem na festa, até que, em um certo ponto, a bebida escocesa havia terminado. PÂNICO. CAOS. DESORDEM.

Correria pra lá e pra cá. Servos sendo questionados violentamente sobre a bebida. Convidados ilustres querendo arrombar as portas da cozinha. A situação estava CABULOSAMENTE SINISTRA (ou SINISTRAMENTE CABULOSA).

Foi quando percebemos que a Sacerdotisa Espanhola havia sumido. Procuramos por toda parte por ela e nada. Foi quando ela apareceu com um copo SINISTRAMENTE grande, cheio daquele líquido acobreado. Aproveitamos os últimos goles da bebida. As pessoas nos olhavam com FÚRIA e INVEJA estampadas em seus olhos.

Enquanto o caos tomava conta do recinto, rumamos ao norte.

Sacerdotisa Espanhola:
- Caros colegas, o que fazer agora, tendo em vista que o etanol não está mais presente entre nós?

Heráclides:
- Oh, minha amiga hispânica, levantaste a pior das dúvidas possíveis. Não há mais nada a se fazer, a não ser uma coisa.

Sacerdotisa Espanhola:
- E o que seria tal subterfúgio para nobres companheiros etílicos sem rumo, querido filósofo?

Heráclides:
- Embebedar-nos-emos na taverna mais próxima até nossos comentários e colocações se tornarem os mais sinceros possíveis.

Sacerdotisa Espanhola:
- Isso me comoveu deveras. Partiu forte.

Heráclides:
- É nóis.

Lição da noite: bebida faz mal ... quando falta.

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